Postagens populares

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

A visão

                - Você está delirando! Anda cheirando ou fumando alguma coisa? – Disse para mim Rodrigo com uma expressão entre divertida e preocupada.
                - Tenho plena convicção do que vi – respondo – Semana passada tinha um sujeito parado na frente do velho casarão olhando fixo para ele. Ele entrou na casa, vigiei a noite toda e o cara não saiu. Temos de entrar lá para investigar!
                Rodrigo é um de meus amigos mais antigos, e um dos que mais me identifico, por isso marquei essa conversa no bar da esquina de nossas casas para relatar o que vi no sábado passado. Achei que ele acreditaria e me apoiaria na investigação, mas olhando agora para a expressão divertida em seu rosto, tenho certeza de que meu pensamento foi equivocado.
                - Olha – falou Rodrigo de uma maneira mais séria – Crescemos escutando histórias estranhas sobre aquela casa, não sei se são verdadeiras, mas sei de uma coisa: - e se inclinou sobre a mesa, aproximando-se de mim e baixando o tom de voz. – Não quero descobrir a verdade. Se você realmente viu o que viu, é mais uma razão para NÃO entrarmos lá.
                Encosto-me na cadeira e bebo o resto da minha cerveja, pensando no que vi e no que ele acabara de falar. Meu amigo se despede, deixa a parte dele da conta e fala com uma seriedade que normalmente não faz parte dele:
                - Em hipótese alguma entre naquele lugar.
                Enquanto olho o movimento no pequeno bar, apenas três mesas e todas com moradores da rua, penso na cena que vi na outra semana. O rapaz parecia realmente perturbado parado ali na frente. Involuntariamente viro a cabeça em direção à casa. À medida que vai anoitecendo, a atmosfera daquele lugar vai ficando mais lúgubre e o pensamento de entrar lá vai ficando mais tênue, mas do nada vem um pensamento: Claro, o problema é a noite. Entrando lá de manhã, não deve haver problema algum!
                Então estava decidido, sábado pela manhã entrarei no casarão e descobrirei o que aconteceu com aquele rapaz. Vou para casa satisfeito com minha solução e durmo ansioso pelo dia.
                O sábado amanhece majestoso! Nenhuma nuvem no céu e o sol brilhando com toda sua força e luz. Enquanto me preparo para minha pequena expedição, começo a lembrar do estranho sonho que tive na noite passada. Eu estava em um quarto antigo, parado na porta, quando vi um casal abraçando-se. Reconheci logo as roupas do rapaz que vi entrando no casarão, mas a mulher estava completamente nua, beijando o pescoço dele. Repentinamente, ele vira o rosto e vejo uma dor enorme, que não condizia com a cena, então voltei meu olhar para a mulher. Ela sorria para mim, mas aquele sorriso tinha algo de maléfico, que não era deste mundo. Aí vi as mãos.
                Os dedos pareciam galhos retorcidos que entravam nas costas do sujeito, a figura de raízes veio à minha mente, e enquanto eu olhava para aquela cena, o rapaz virou a cabeça mais uma vez e balbuciou:
                - NÃO VENH...
                Acordei meio impressionado, mas agora a sensação passou. Começo a andar em direção à casa, observando a rua acordar no sábado. Pessoas indo fazer compras cedo, para evitar filas, outras indo trabalhar no comércio, e mais algumas fazendo tarefas banais, como lavar o carro e varrer a calçada, coisa que nunca entendi a utilidade. Ao passar perto da casa de Rodrigo, vejo que o carro não está lá. Deve ter ido às compras com a esposa. Melhor, suas palavras são a única coisa que me faz hesitar um pouco, e acho que se o encontrasse, ele acabaria me convencendo a não ir.
                Atravesso rapidamente o que um dia já foi um jardim e fico parado em frente à porta. Estava aberta, prova de que não estava ficando louco. Solto um suspiro de alívio, esboço um sorriso e entro na casa.
                A sala de estar é impressionante! Apesar dos móveis estarem cobertos por lençóis velhos e sujos, as formas demonstram que são trabalhados artesanalmente e muito caros. Como é que deixam uma fortuna dessa abandonada? Continuo explorando a sala, que tem uma lareira num dos cantos, estranho em um país como o Brasil, e muitos quadros na parede.
                Os quadros devem ser da família que possuiu a casa, as histórias falam que eram muitos ricos, mas foram definhando até que o último morreu sem deixar herdeiros. Observo os rostos nos quadros, e as roupas, e é interessante como se nota a passagem no tempo através delas, mas... espere um pouco. Essa mulher... é a mesma que apareceu no meu sonho! E não é só isso, ela aparece em vários quadros, em várias épocas diferentes. Impossível, devem ser descendentes, mas a semelhança é incrível.
                O sonho! O quarto deve ser aqui, lá em cima. Dirijo-me para o segundo andar, subindo pela velha escada que rangia a cada passo que dava. “Parece um conto de Poe”, penso de modo divertido, “e se fosse uma história de terror, olharia para trás e alguma coisa estaria cortando meu caminho para a saída”. Após pensar isso, sinto um arrepio na nuca e olho, meio que sem vontade, para trás e vejo-a no pé da escada.
                A mulher do meu sonho, ou pesadelo, estava lá, olhando para mim com aquele sorriso malévolo, e com os braços abertos. Eu só consigo olhar para os dedos e um terror insano toma conta de mim: quero gritar, chorar, correr, socar, pular, mas não faço nada. Apenas fico parado olhando para a criatura.
                Entre todos os sentimentos ocorrendo neste momento, um fala mais alto: CORRA! Volto as costas para a escada e começo a correr, não me viro, mas tenho certeza que a criatura está vindo logo atrás. À minha frente, um corredor se estende com todas as portas fechadas, com exceção de uma, e é para ela que me dirijo. Entro e fecho a porta, procuro em toda ela, mas não vejo nada que a tranque. Ando lentamente para trás, e piso em alguma coisa. Olho para baixo, e vejo horrorizado, os restos mortais do homem que vi entrando aqui. Parecia que algo tinha sugado todos os fluídos de seu corpo, e pela expressão do que um dia foi seu rosto, foi muito doloroso.
                De repente, a porta abre com um estrondo e lá estava ela: Os dedos não existiam mais, eram garras longas e finas, com a terrível função que acabara de descobrir; seu rosto, belo ao pé da escada, era agora uma coisa estranha, parecida com um inseto; mas a maldade que emanava era a mesma e eu sei que, por baixo daquela careta monstruosa, ela está sorrindo. Olho para trás e não penso duas vezes: Corro em direção à janela fechada e pulo através do vidro: “antes morrer na queda do que sendo comida desse bicho”.
                Mas ao atravessar o vidro, algo muito estranho acontece: Parei no ar! Nada parece se mexer, vejo o vidro começando a rachar por causa do meu peso, um caco que já vem voando em direção ao meu olho direito, mas tudo está parado no ar, inclusive eu. “Já ouvi dizer que a morte é estranha, mas isso é ridículo”, penso tentando racionalizar a situação, então começo a ouvir vozes.
                Estranhamente, consigo me movimentar naquele estado de “parada temporal”, e me viro em direção ao quarto. A criatura já não estava lá, mas não é só isso, o quarto tinha aspecto de novo! Os móveis são antigos, acho que metade do século passado, mas com aparência de novos. Dois rapazes entram no quarto e começam a conversar:
                - Esta noite ela vai me pegar – disse o com a aparência mais nova.
                - Conversa! Por que a esposa de papai viria lhe pegar? – responde o mais velho, provavelmente seu irmão.
                - Ela não é humana! Eu vi ela matando Bernadete.
                - Bernadete foi embora fugida porque roubou jóias de Patrícia.
                - Isso é o que ela diz – respondeu o menor – mas eu vi o que ela fez, só não sei o que fez com o corpo.
                - Não fale asneiras – fala o maior – Ela apenas vem ver como você está, porque gosta de você.
                - Eu tive sorte porque você e papai chegaram aqui na outra noite, mas ela não vai me pegar desprevenido, veja.
                E os dois começam a andar em minha direção e abrem a janela, quer dizer, no tempo deles, porque continuo vendo o vidro e a armação fechados na minha frente. Olho para minha direita e vejo o que o garoto está mostrando para o irmão.
                - Coloquei essa corda aqui hoje pela manhã, fala orgulhoso, quando ela entrar pelo quarto eu saio pela janela e me penduro nela, e ali...
                O garoto aponta para um buraco na parede da casa, próximo à corda.
                - Eu coloquei um facão para dar um fim nessa desgraçada! Se ela entrar hoje, será a última vez que ela ataca alguém.
                Após falar isso, a imagem dos dois começa a desvanecer, e subitamente fico triste. Como a criatura ainda está aqui, seu plano deve ter dado errado... Espere! Isso, essa parada no tempo – o vidro começa a estalar, e sinto o meu corpo começando a mover-se – deve ser esse garoto tentando me ajudar, querendo vingança! Tudo começa a acontecer muito rápido, O caco entra no meu olho, a dor é alucinante, atravesso o vidro sentindo minha pele ser cortada, estico meu braço direito para o lado, e sinto a corda na palma de minha mão.
                Agarro com força rezando para que aquela corda de meio século aguente meu peso. Sinto um tranco no braço e minha queda é interrompida com a batida de meu corpo contra a parede da casa. Rapidamente, seguro a corda com a mão esquerda e enfio a outra no buraco na parede e puxo o facão que lá jazia. Olho para a janela e vejo a criatura esticando suas garras em minha direção. Faço um giro rápido com o facão, ao mesmo tempo em que grito de dor e ódio, e atinjo uma de suas mãos, decepando três de seus “dedos”. A coisa solta um uivo lancinante e retorna para dentro da casa, enquanto que eu deixo o facão cair no terreno da propriedade e desço pela corda o mais rápido possível.
                O sol está próximo do seu ápice quando chego extenuado ao portão do casarão. Qualquer um que me visse naquele momento, com as roupas rasgadas, sangrando e com um olho vazado, segurando um facão enferrujado melado com um sangue fétido, sairia correndo pensando ter visto um assassino em série, digno de “Sexta-feira 13”. Devo estar enlouquecendo porque esse pensamento me divertiu, entretanto as ruas estavam vazias devido ao calor intenso.
                Olho novamente para a casa e penso em todos aqueles quadros. “Quantas vidas essa coisa não destruiu?” e lembro, com tristeza, do garoto que me salvou da morte certa. Tentou avisar a todos e acabou morto também. Olho para o facão: “Se ela sangra, é porque pode ser morta, e é isso que vou fazer. Vou estudar a história dessa família e vou descobrir como matar essa criatura”. Começo a caminhar em direção de casa, pensando em como e onde começar essa missão.

Fabiano Machado

O casarão

            Nunca deveria ter voltado aqui, muito menos entrado nessa casa... que fedor é esse? Imagino o que os moradores antigos guardavam nesse armário fedorento... mais passos... eles estão me enlouquecendo... fico imaginando quando a criatura, ou seja lá o que for, passar na frente da brecha na porta.
            “O casarão do diabo” era o nome que dávamos a esse lugar quando crianças. Uma mansão velha e muito grande, cercada por um jardim morto e retorcido, e com aquelas duas janelas no terceiro andar que pareciam olhos maléficos amaldiçoando quem passasse pela rua.
            Éramos extremamente corajosos, ou idiotas, e aceitamos o desafio da outra turma de entrar na casa à noite e trazer um objeto de lá. Ás 20 horas entramos no jardim decididos e confiantes, afinal éramos oito “heróis” e andar em grupo aumenta muito a coragem de alguém. Foi quando nos aproximamos que Bocão gritou apontando para uma das janelas do segundo andar, e o que vimos assombra nossos pesadelos até hoje.
            Uma mão segurava uma cortina afastando-a, como que se alguma coisa olhasse para nós. Digo “alguma coisa” porque aquela mão, embora me faltem palavras para descrevê-la, não podia pertencer a um ser humano. A última coisa que lembro, antes de sair em disparada, foi a cortina balançando após ser liberada pela garra... sim, garra é uma boa palavra para descrever aquilo. Então... mais passos, mas agora parecem afastar-se.
            Então resolvi afastar-me de tudo que não fosse desse mundo material. Estudei, graduei-me e dediquei minha vida a provar a inexistência de algo além do que vemos sem “dons especiais”. Estava indo bem, tinha meu emprego na universidade e minha vida consistia das viagens casa – trabalho e de idas, aos abados somente, ao “bar da castanhola” encontrar os amigos de infância e não falar sobre o episódio do casarão. Minha vida era toda planejada, até que algo inesperado aconteceu.
            Sabrina era uma garota linda, extrovertida e que adorava uma aventura improvisada, exatamente tudo o que eu não era. A paixão mútua foi inevitável, e ocorreu no momento que chamei seu nome durante a chamada da aula de física avançada. Esqueci de falar que ela era altamente intelig... O que foi isso?
            Apenas impressão... mas com Sabrina aprendi a soltar-me um pouco mais, a deixar o pessimismo de lado, mas nunca consegui ser espontâneo como ela, jamais consegui fazer algo, especialmente viajar, sem um planejamento. Isso gerou algumas pequenas brigas, mas nada sério demais até que ela venceu aquele maldito concurso.
            A universidade fez uma competição de projetos para levar o melhor aluno de cada curso de ciências exatas para a Suíça, visitar as instalações do super condutor. Ela foi uma das vencedoras, até aí nenhuma surpresa, entretanto a viagem estava marcada para dali a dois dias. Aí começou nossa última briga.
            - Você é muito cabeça dura, Rafael! – gritou ela – custa, uma vez na vida, sair da mesmice?
            - Não posso, coração. – respondi sem convicção – Tem minhas aulas, os orientandos... não posso sair assim.
            Ela apenas balançou a cabeça, arrumou a mochila e saiu pela porta. Foi a última vez que a vi. O avião que a turma de vencedores, nata intelectual de nosso campus, viajou entrou para a estatística das pouquíssimas aeronaves que caem, e que mostra como é seguro viajar nelas. A cerimônia fúnebre foi pequena e discreta, afinal não existia corpo para ser enterrado. Logo após o “enterro” fiquei me martirizando por não ter ido junto, todavia logo racionalizei que nada poderia fazer além de segurar sua mão. Funcionou por alguns momentos, mas logo veio o pensamento de “como seria bom ter estado com ela nos momentos finais”. A partir daí começaram os sonhos.
            Voltei a sonhar com aquela horrível cena de minha juventude, mas era Sabrina que estava na janela, com um sorriso extremamente convidativo. Isso se repetiu por um ano e praticamente transformou-me em um zumbi devido ao cansaço. Ao ir para o bar da castanhola, todos notaram meu abatimento e perguntaram o que estava havendo. Relutei em responder, para não tocar no assunto proibido, mas acabei cedendo. Silêncio sepucral na mesa, quebrado apenas por André:
            - Para o bem ou para o mal, você tem de voltar lá. Sua mente é muito científica e só vai sossegar quando comprovar que não há nada lá. – fez uma pausa e, falando mais baixo e sem olhar nos meus olhos, acrescentou – só não peça para ir com você.
            Aquilo deixou todos sóbrios e indispostos para continuar no bar. No caminho para casa, vi a logicidade da proposta e resolvi colocar em prática. Peguei o desvio e dirigi em direção à minha cidade natal. Entrei em um estado de torpor, não sei se devido ao cansaço, mas quando voltei a mim estava parado na mesma posição de trinta anos atrás, mas desta vez estava sozinho, e as cortinas não se mexeram.
            Olhei ao redor e o jardim estava, se é possível, mais morto do que nunca, e gerava uma atmosfera agonizante. Andei vagarosamente em direção a casa, sem ao menos saber direito o que vim buscar aqui. Logo a mente racional começou a trabalhar: “se a porta estiver trancada?”; “pode ter um vigia”... mas no momento que toquei na maçaneta, a porta abriu com um rangido desesperado. Sem hesitar, entrei no meu pesadelo de infância.
            Demorou um tempo para meus olhos acostumarem-se à falta de luz. Na minha impetuosidade (quem diria?) esqueci de trazer uma lanterna ou coisa parecida. Comecei a andar pela casa, por sorte era noite de luar e a casa tem grandes janelas, Olhando os móveis antigos e empoeirados e os retratos de pessoas seculares nas paredes.
            Repentinamente escutei o que parecia uma risada, mas a voz não podia ser humana. Imediatamente a “garra” voltou à minha mente. Comecei a pisar mais forte para abafar qualquer barulho com meus pés, enquanto pensava continuamente “o que vim buscar aqui?”
            “EU!”, foi sussurrado em meu ouvido. Corri feito um louco pela casa, até que cheguei na cozinha e entrei no que parecia um pequeno armário, fechando a porta apenas parcialmente. Embora tenha parado de correr, o ruído de passos fortes no assoalho velho continuou por um bom tempo.
            Revendo a situação, percebo que os passos não estão vindo para cá, parecem estar subindo e descendo a escada continuamente, como que mostrando o caminho.
            Ora, cheguei até aqui e vou em frente! Como cientista tenho de investigar até o fim. Saio resoluto do armário e vou em direção à sala de entrada. Olho para a velha e larga escadaria, mas os passos cessaram completamente. Começo a subir vagarosamente, sempre esperando ver algo a cada metro que ando no corredor. A cada passo meu, a escada range melancolicamente, como que anunciando minha chegada ao segundo andar.
            Um grande corredor estende-se a minha frente com várias portas fechadas e que pareciam estar lacradas com o pó dos anos. Começo a pensar onde ir a seguir quando a terceira porta do lado esquerdo abre-se devagar com um ruído enferrujado das dobradiças seculares, emanando uma claridade estranha do interior do quarto. Faço um rápido cálculo e percebo que “a janela” pertence àquele quarto.
            Corro ou entro? Dissipo rápido essa dúvida, não posso viver sem dormir, pior, não posso viver sem saber! Respiro fundo o ar impregnado e entro no quarto. Lá dentro vejo que as cortinas estão completamente abertas, deixando entrar a luz do luar, mas essa não foi a claridade que invadiu o corredor. Ao olhar por sobre meu ombro, vejo Sabrina, vestida apenas com uma luz esverdeada que parece sair... dela mesma! Ela sorri e abre os braços para mim.
            Isso não pode ser real! Penso, todo meu corpo prepara-se para fugir, embora algo em mim queira desesperadamente ficar. Então ela fala como num sussurro:
            - Por que você é tão cabeça dura? Custa, uma vez na vida, sair da mesmice?
            Lágrimas inundam meus olhos e caminho para ela totalmente entregue; sinto seu abraço gelado e o calor de meu corpo indo embora. Enquanto a escuridão toma conta de minha mente, sinto as mãos de Sabrina em minhas costas tomarem a forma de... garras.

Fabiano Machado

Boas vindas

Bem vindos ao "Prosas". Neste espaço irei divulgar contos de minha autoria, além de comentários sobre assuntos variados de quando em vez. Sem mais delongas, boas leituras!